Síndrome de Rett é uma anomalia no gene,
que causa desordens de ordem neurológica, acometendo quase que exclusivamente
crianças do sexo feminino (os meninos normalmente não resistem e morrem
precocemente). Um dos tipos mais graves de autismo.
Compromete
progressivamente as funções motora e intelectual, e provoca distúrbios de
comportamento e dependência. No caso típico, a menina desenvolve de forma
aparentemente normal entre 8 a 18 meses de idade, depois começa a mudar seu
padrão de desenvolvimento. Ocorre uma regressão dos ganhos psicomotores,
a criança torna-se isolada e deixa de responder e brincar. O crescimento
craniano, até então normal, demonstra clara tendência para o desenvolvimento
mais lento, ocorrendo microcefalia adquirida. Aos poucos, deixa de manipular
objetos, surgem movimentos estereotipados das mãos (contorções, aperto, bater
de palmas, levar as mãos à boca, lavar as mãos e esfregá-las), culminando na
perda das habilidades manuais e estagnação do desenvolvimento neuropsicomotor.
A
ciência, pela primeira vez falou em cura da Síndrome de Rett em novembro de
2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo
pesquisador brasileiro Alysson
Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu
"curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que
baseou-se na síndrome (pela comprovada causa genética), foi coordenado por mais dois
brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto, e foi publicado na capa da
revista científica Cell.
Nenhum comentário:
Postar um comentário